Intervenção na abordagem Cognitiva para Síndrome de Asperger

My Aspergers Child: Early Childhood Intervention for Asperger’s and Hi...
A Síndrome de Asperger (S.A), também conhecida como a Síndrome do Gênio, segundo estudiosos é uma perturbação neurocomportamental de base genética e que apresenta semelhanças em relação ao autismo.
Essa síndrome passou a ser classificada como uma forma de autismo branda, caracterizada por um conjunto de sintomas que causa sofrimento, pois acaba impedindo a interação social.
O que difere o autismo da S.A é que, crianças com Aspeger não apresentam grandes atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofre com comprometimento cognitivo grave.

Na infância, essas crianças apresentam déficits no desenvolvimento motor, podem ter dificuldades para escrever, dificuldades em sentir emoções, porém quando estimulados elas acabam se familiarizando e conquistando avanços significativos para a evolução do seu quadro sintomático.
A terapia cognitiva comportamental tem o objetivo de trabalhar as habilidades sociais de formação, para melhor detectar os sinais de dificuldades e lidar com as emoções em torno de um transtorno específico. As técnicas utilizadas no atendimento fazem parte de um conjunto de novos métodos criados por autores da abordagem cognitivo comportamental, com o propósito de trabalhar as habilidades sociais de crianças portadoras da Síndrome de Asperger.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), uma das características mais marcantes das pessoas diagnosticadas com a S.A. é sua atenção voltada para seres inanimados, como objetos duros, mecânicos e eletrônicos, em detrimento pelo interesse pelas pessoas. Os portadores dessa síndrome não são limitados, eles possuem grandes habilidades intelectuais, são sábios, por isso, a necessidade de serem estimulados em suas áreas de habilidades específicas, dando aos mesmos condições e oportunidades de vivenciar sucessos em suas vidas profissionais.
Quanto ao tratamento do transtorno não há atualmente estudos específicos que indiquem a cura, como também nenhum tratamento particular, porém, o diagnóstico precoce e a intervenção terapêutica adequada pode possibilitar às crianças tornarem-se adultos menos dependentes.
Muitas técnicas têm sido criadas por especialistas na área de psicologia, com o objetivo de aplicá-las no decorrer de tratamentos psicológicos, trazendo um maior desenvolvimento cognitivo, mudanças de comportamentos, uma maior aproximação entre os cuidadores e educadores, participantes ativos no acompanhamento de indivíduos com S.A.
Como a Síndrome de Asperger é considerada um transtorno mais evoluído do que o autismo infantil, algumas técnicas são benéficas para a intervenção, técnicas que podem envolver a família e a escola, pois o profissional de psicologia pode desenvolver nas sessões métodos de fácil compreensão e rotinas diárias no tratamento da criança.
Para serem utilizadas em atendimentos a pacientes que sofrem de transtornos psicológicos, nas quais as emoções, sentimentos e pensamentos são comprometidos e desencadeiam dificuldades na socialização e convivência diária.
O tratamento na TCC pode ser aplicado em pacientes individuais ou em grupo, com o único objetivo de mudar as crenças disfuncionais que causam o desconforto, pensamentos negativos e crenças do paciente. Dando-lhe condições de assimilar e se perceber como ser pensante e que pode mudar suas crenças a partir do momento que aprende a se conhecer, aprendendo, por exemplo, a identificar as crenças associadas a seus sentimentos angustiantes e formular respostas mais adaptativas aos seus pensamentos.
Beck, (1997) Segundo alguns procedimentos se fazem necessários aos terapeutas da TCC quanto ao atendimento de pacientes, entre os principais se destacam:
- Avaliação do humor do paciente no início da sessão;
- Colaborativamente determinar tarefas em cada sessão;
- Solicitar feedback;
- Conceituar o paciente e suas dificuldades de acordo com o modelo cognitivo, e usar a conceituação para planejar o tratamento ao longo das sessões e durante casa sessão em particular;
- Desenvolvimento e manutenção de uma forte aliança terapêutica;
- Promover a resolução de problemas e o acompanhamento do processo por meio de tarefas de casa estabelecidas colaborativamente;
-Utilizar uma grande variedade de estratégias terapêuticas;
-Trabalhar com a prevenção e recaída.
A mediadora utilizou de um recurso lúdico para explicar a importância do trabalho em equipe utilizando a Seleção Brasileira como instrumento de modelo a ser entendido na técnica. Explicando para a criança e envolvendo a mesma na técnica, na qual a criança seria o Neymar (jogador), Tiago Silva, o capitão, seria a mediadora e a comissão técnica seriam os pais quando necessário os professores, fazendo uma ponte entre a técnica e sua condição atual; com a qual explicaria que a mediadora é aquela pessoa que está focada na solução dos problemas que surgirem. Dando à criança uma condição confortável de sentir-se seguro diante das adversidades, mostrando a criança os atuais problemas que estava enfrentando. A mediadora sempre se utilizou dos problemas apresentados pelos pais.
trabalhado com a criança Técnicas de Relaxamento que segundo Novaes (2011, p. 9) “É uma técnica acessível a todos e auxilia a curar a mente e o corpo.” Para cada tipo de problema ou necessidaFoi de que a pessoa tenha. Como a criança às vezes chegava à sessão muito agitado, a mediadora trabalhou e ensinou a ela as formas de relaxar e sentir seu corpo, sinalizar suas emoções.
A criança foi instruída a realizar os exercícios de respiração profunda para ajudar no relaxamento; todos os músculos eram trabalhados, e a mediadora dava exemplo de macarrão cru e macarrão cozido, um robô e um boneco de pano a fim de aumentar a motivação, e a aceitação.
A criança ia se envolvendo nas brincadeiras e aprendendo a relaxar-se. A mediadora trabalhou com a criança sobre a respiração diafragmática, na qual ela enchia a barriga de ar e tirava o ar da barriga nessa técnica, a criança se sentia mais tranquila e se concentrava melhor, o que dava um excelente aproveitamento no alcance dos objetivos propostos nas sessões.
A mediadora aplicou na criança desde o início do tratamento a Técnica com o Baralho das Emoções, que é um instrumento que facilita ao terapeuta acompanhar a criança monitorando suas emoções. Esse baralho segundo Renato e Marina (2011, p.16) pode ser utilizado como um instrumento que promove mudanças clínicas significativas conforme sua aplicação,
No Baralho das Emoções, a mediadora apresenta a criança cartas de baralho com retrato de um menino com várias expressões faciais, que são chamadas de emoções básicas como medo, raiva, tristeza, alegria, amor, nojo ou repugnância, surpresa. Segundo Carvalho (2010, p. 23) “cada emoção tem seu respectivo padrão de manifestação fisiológica e comportamental”.
É mais fácil para as crianças iniciarem a abordagem cognitiva comportamental avaliando suas emoções e as consequências dessas emoções que serão refletidas nos processos cognitivos, comportamentais e fisiológicos. Segundo Marilda e colaboradores “o foco deve guiar as intervenções do terapeuta, orienta-lo quanto aos objetivos a serem perseguidos” (2012 p. 9).
Outra Técnica utilizada pela mediadora foi a técnica de Habilidades Sociais, na qual foram utilizados técnicas visuais, com exercícios que envolvem a criança em diversas situações sociais, possibilitando assim uma melhor interação em grupos, com recursos como a “Família Terapêutica da Inclusão social” para que ela tivesse uma compreensão mais clara, sobre as diferenças entre os seres humanos e a aceitação diante do diferente.
Sobre o autor do artigo:
Liége Souza Galdino - Psicóloga Clínica Especialista em Saúde Mental Especialista em Educação Especial e Inclusiva.
Vamos agora para a Prática de intervenção

Técnica: Desenho e Relaxamento

Tempo aproximado: 10 sessões de 30 minutos

Recursos: Musica relaxante que acalmam a mente, papéis A4 ou bloco de Papel Canson,  lápis 2B, Borracha branca, apontador.

1ª Técnica: Desenhando linhas retas à mão livre
2ª Técnica: desenhar círculos 
3ª Técnica: desenhar quadrados
4ª Técnica: desenhar triângulos
5ª Técnica: desenhar retângulos
6ª Técnica: Desenhar linhas onduladas
7ª Técnica: Desenhar ondas 
8ª Técnica: Desenhar ondas que se unem e fecham
9ª Técnica: Técnica de sombreamento
10ª Técnica: Técnica de luzes
11ª Técnica: Técnica de grade

Seguindo as técnicas de desenhos indispensáveis para iniciantes

Fonte: Casa das Artes

Técnica para desenhar linhas retas à mão livre

Para começar, recomenda-se que o iniciante desenhe linhas com traços rápidos e retos. Essa técnica serve para que você aprenda a ter mais segurança e confiança ao fazer seus desenhos, evitando tremer ou distorcer as linhas na hora H.

Técnica de formas

Depois de fazer os traços, é hora de pensar no desenho em si. O primeiro passo dessa técnica é esquecer a imagem real — que tem de determinado objeto ou pessoa — e pensar em formas geométricas, como retângulos, triângulos, círculos, quadrados, elipses. A partir daí, você passa a entender qual é a forma, o espaço, os contornos e os ângulos que o seu desenho deve ter.

Técnica de sombreamento

Essa técnica é simples, mas, assim como nas outras, exige algum treino. Primeiramente, você deve decidir de onde vem a luz do seu desenho para saber exatamente onde deve sombrear. Uma dica é marcar na folha em que estiver desenhando a área que ficará iluminada. Assim, você saberá onde deve fazer o sombreado.
Para aqueles que têm dificuldade de esfumar direto, é possível usar a técnica dos traços, que se resume em fazer traços cruzados nas áreas que forem sombreadas para depois esfumá-los.
Outra maneira de usar essa técnica é fazendo as linhas de identificação. Para executá-las, basta desenhar uma linha no lugar onde existe a sombra — essa linha será a base para o sombreado. Primeiro, faça uma linha de identificação, e depois comece a aumentá-la para escurecer a parte sombreada do seu desenho.

Técnica de luzes

Assim como a técnica de sombreamento, também existe uma forma de clarear o seu desenho — e é isso que chamamos de técnica de luzes! O material de uso é uma borracha, que você vai passar, de acordo com o contorno do desenho, nas áreas em que deseja reforçar a luz.

Técnica de grade

Essa técnica geralmente é utilizada por artistas que desejam fazer uma cópia de alguma fotografia, desenho ou qualquer outra imagem que já existe.  
Para usar a técnica, você deve pegar uma foto e dividir a imagem, com uma régua, em pequenos quadrados do tamanho que achar melhor. Depois, pegue a folha onde vai fazer o seu desenho e divida igual, com os quadrados do mesmo tamanho. Assim, você pode copiar a imagem da foto em cada quadradinho da folha.
Todas essas técnicas devem ser praticadas inúmeras vezes. Afinal, só saber como elas funcionam não é o suficiente para desenvolver suas habilidades manuais. Traços, formas, sombreamentos e luzes devem ser aperfeiçoados, pois todos esses detalhes fazem a diferença no resultado final. Para isso, você pode usar bastante seu rascunho! Solte a imaginação: pense, desenhe, apague, quantas vezes achar necessário.

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