A importância da leitura em nossas vidas

                   


A leitura é fator primordial para a vida educacional. Através dela identificamos códigos necessários para vida e para comunicação entre os seres humanos, através dela, mergulhamos no campo da ciência, tecnologia e cultura que nos oferecem. Através dela partilhamos nosso conhecimento, nosso pensamento, nossas experiências e nossas emoções. Não está atrelada apenas ao fator acadêmico mas envolvida em todo espaço da comunicação entre os seres humanos.

Conforme lemos, aprimoramos nosso conhecimento, amadurecemos algumas idéias e formamos novos conceitos. E através deles, somos capazes de transmitir informações importantes para melhorar a nossa qualidade de vida, relação com o outro, e avanços acadêmicos, e muitas vezes mergulhamos na imaginação, ao qual proporcionam ao ser humano mudanças de comportamentos e no nosso cérebro. Veremos a seguir quais mudanças ocorrem em nosso cérebro quando lemos:

O que acontece com o nosso cérebro quando lemos?

A leitura causa efeitos no cérebro mesmo quando terminamos uma leitura. Mas como isso é possível? 

A leitura de um romance pode provocar mudanças reais no cérebro, que persistem por alguns dias mesmo depois que o livro acaba. Os resultados foram publicados na edição de dezembro do periódico Brain Connectivity.

CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: periódico Brain Connectivity
Quem fez: Gregory S. Berns, Kristina Blaine, Michael J. Prietula e Brandon E. Pye
Instituição: Universidade de Emory, EUA
Dados de amostragem: 21 estudantes de graduação
Resultado: O estudo mostrou que a leitura de um romance provoca mudanças de conectividade no cérebro, que persistem mesmo alguns dias após o término da leitura.
Enquanto outras pesquisas nessa área começaram a utilizar a ressonância magnética para identificar as redes cerebrais associadas à leitura, principalmente enquanto as pessoas leem, o estudo de Berns e sua equipe teve como foco os efeitos naturais que permanecem no cérebro após essa atividade.
“Histórias ajudam a dar forma às nossas vidas, e às vezes ajudam a definir uma pessoa. Nós queremos entender como elas entram no nosso cérebro, e o que são capazes de fazer com ele”, conta Gregory Berns, neurocientista da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, e principal autor do artigo.
Acompanhamento – Participaram do estudo 21 estudantes de graduação da Universidade de Emory, que se submeteram à ressonância magnética por 19 manhãs consecutivas. Os primeiros cinco dias serviram apenas para registrar a atividade normal dessas pessoas durante o repouso. Depois, durante nove dias, eles leram o romance Pompéia, escrito por Robert Harris. A história se baseia em um evento real, a erupção do Monte Vesúvio na Itália, e acompanha um protagonista que, de fora da cidade de Pompéia, percebe a fumaça ao redor do vulcão e tenta voltar para salvar sua amada.
Os participantes deveriam ler uma parte do livro à noite, e passar pela ressonância magnética na manhã seguinte. Terminado o período de leitura,  eles foram ao laboratório por mais cinco dias, para que os pesquisadores avaliassem se os efeitos da história permaneceriam.
Nas manhãs seguintes à leitura, os resultados mostraram um aumento na conectividade de uma região do cérebro associada à recepção da linguagem. “Apesar de os participantes não estarem lendo enquanto eram avaliados, eles retiveram esse aumento de conectividade”, explica Berns. Um aumento de conexões também foi identificado no sulco central do cérebro, região ligada à função motora. Os neurônios dessa região estão relacionados à criação de representações de uma sensação do corpo – o simples pensar em correr, por exemplo, pode ativar os neurônios associados ao ato físico de correr.
Sentir na pele Para os pesquisadores, essas mudanças cerebrais provocadas pela leitura, que têm a ver com a movimentação e sensações físicas, sugerem que um romance pode, de certa forma, transportar o leitor para o corpo do protagonista. “Nós já sabíamos que boas histórias podem te colocar no lugar de outra pessoa, em um sentido figurado. Agora estamos percebendo que algo assim também ocorre biologicamente”, explica Berns.
Os pesquisadores ainda não sabem dizer até onde essas mudanças podem ir, mas elas persistiram pelo menos durante os primeiros cinco dias após a leitura, analisados neste estudo. “O fato de que detectamos esses efeitos alguns dias depois da leitura de um romance escolhido aleatoriamente por nós sugere que os romances favoritos de uma pessoa podem desencadear efeitos mais intensos e duradouros”, afirma o pesquisador.
                                                                                 NeuroPsicoAmandaLeal

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